Sucupira amarela

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso e Goiás. Ocorre ainda nas Guianas, América Central, Peru e Bolívia.

DENOMINAÇÕES VULGARES
Sucupira amarela, paricarana, timbaúba, tirnbó da mata, timborana, fava de rosca, orelha de negro, orelha de macaco, faveira dura, fava-orelha-de-macaco, fava bolota, fava uingue, favela.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁRVORE
Árvore grande (até 40m), diâmetro superior a 70 cm, com sapopemas, casca avermelhada. Característica por seus frutos encaracolados, sempre encontrados debaixo das árvores; tronco nem sempre cilíndrico, (às vezes cônico) bastante ramificado, com casca cinza-avermelhada, pouco espessa, bastante fibrosa, desprendendo-se em lâminas. Ramos, ráquis foliar, pecíolo e pedúnculo florífero. Tomento fer-ruginosos. Folhas alternas, pedaladas (pecíolo provido de glândula cupuliforme na base), 2-pinadas, 12 a 20 pares de pinas (pinas com 40 a 60 pares de foliólulos de 2-4 mm de comprimento, peciolulados). Peciólulos revestidos por densa pubescência ferrugínea. Foliólulos lineares, glabros, luzentes na página superior, pubescente no dorso, com pequenas glândulas entre as pinas. Inflorescência axilar, em panículas curtas formadas de capítulos. Fruto vagem reniforme ou orbicular (enrolado 1 ou vezes), espesso, indeiscente, com estrangulamento regular entre as sementes, 2 cm de largura, encerrando 15 a 20 sementes.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA MADEIRA
Madeira pesada (0,85 a 0,95 g/cm3); alburno bege, diferente do cerne amarelado, de aspecto levemente fibroso; grã irregular; textura grossa; sem cheiro ou gosto. É fácil de trabalhar, recebendo bom acabamento. Resiste bem a cupins e fungos apodrecedores.

DESCRIÇÃO ANATÔMICA MACROSCÓPICA
Poros vistos a olho nu, médios a grandes, poucos, solitários e múltiplos, ocorrendo também a formação de cadeias radiais, vazios ou obstruídos por resina. Linhas vasculares bem demarcadas, altas e retilíneas. Raios finos e numerosos, visíveis com auxílio de lupa; no plano tangencial são baixos e dispostos de maneira irregular.. Parênquima axial visível a olho nu, paratraqueal aliforme ou vasicêntrico, compondo com os poros arranjos oblíquos; ocorre ainda parênquima em linhas terminais. Camadas de crescimento demarcadas por zonas de tecido fibroso.

PRINCIPAIS USOS
Construção civil em geral, carpintaria, marcenaria e acabamento, assoalhos, móveis, paletes, cabos de ferramentas, peças torneadas, postes e pilares, dormentes, compensados, laminados decorativos, tacos, marcos de portas e janelas, vigas, caibros, ripas, molduras para embarcações, cruzetas.