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Seminário em São Paulo (SP) discute produção e comercialização de madeira legal e certificada no Brasil

Como fazer para que a madeira amazônica, produzida de forma responsável, seja vista como uma ferramenta para a conservação de ecossistemas e da biodiversidade? Quais são as dificuldades que um empresário(a) enfrenta para comprar madeira legal e certificada? Qual o papel do Governo na promoção do uso da madeira responsável? Por que arquiteto(a)s usam tão pouco a madeira em seus projetos de construção?

Para responder estas perguntas, no dia 03 de dezembro será realizado no auditório do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), na capital paulista, o Seminário “Avanços e Desafios da Madeira Tropical Amazônica. Este evento é o resultado de quatro anos do Projeto Governança Florestal e Comércio Sustentável da Madeira Amazônica, que contou com financiamento da União Europeia e cooperação do WWF-Brasil, a FGV e da Rede Amigos da Amazônica, cujo objetivo principal é contribuir para a conservação da Floresta Amazônica por meio da promoção de uma gestão sustentável da floresta e o comércio de produtos de madeira por meio de procedimentos que regulam a produção de madeira, aquisição e controle.

A União Europeia financiou € 1.719.040 milhões, de um total de € 2.148.000 milhões deste Projeto, que visa também o aumento do volume total de madeira proveniente da Bacia Amazônica a partir de fontes legais e sustentáveis, por meio da implementação de políticas sub-nacionais adequados de compra responsável.

A inscrição para o Seminário é gratuita pelo site www.madeiraelegal.com.br. As vagas são limitadas.

Durante o seminário, serão realizadas três mesas-redondas que discutirão os temas:

Governança da madeira tropical – Diante da necessidade de diálogo entre os diferentes setores envolvidos na cadeia produtiva da madeira tropical, a mesa discutirá, dentre outras iniciativas, a Mesa Redonda da Madeira Tropical, destacando seus avanços e desafios. A mesa 1, portanto, versará sobre os caminhos possíveis para o alcance de uma governança da madeira tropical, destacando a importância da participação, em múltiplos níveis, do governo, setor empresarial e sociedade civil, ao longo dessa cadeia produtiva.

Compras públicas sustentáveis – O setor público é um ator importante para a gestão da cadeia produtiva da madeira tropical, não só por sua atribuição regulatória e fiscalizadora, como também pelo seu poder de compra, que constitui uma ferramenta importante de incentivo à uma cadeia produtiva sócio e ambientalmente responsável. Nesse sentido, a mesa 2 objetiva apresentar e discutir as iniciativas, em vigor, de compras públicas sustentáveis de madeira e apontar ações a serem fomentadas.

O Nó da Legalidade – A complexidade da cadeia produtiva de madeira amazônica não é tarefa simples, objetivando examinar os próximos passos para a consolidação de uma econômica florestal sustentável, por meio de uma análise do contexto atual de condicional a legalidade da extração de madeira tropical.

Ao final do Seminário será lançada a publicação Programa Madeira é Legal – Lições da promoção da madeira legal e certificada junto ao setor da construção civil. Uma trajetória que teve inicio em 2009.

O Seminário será aberto pelo Chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, embaixador João Cravinho e o encerramento ficará a cargo do Chefe do Setor de Cooperação da Delegação da União Europeia, Ministro Conselheiro Thierry Dudemel.

Foram convidado(a)s para participar especialistas de várias partes do país, que contarão suas experiências, sucessos e dificuldades no trabalho com a madeira extraída e comercializada de forma responsável. Confirmaram presença pesquisadore(a)s, representantes de órgãos públicos, de entidades de classe, especialistas, arquiteto(a)s e cientistas.

Entre as instituições inseridas na programação, estão o WWF-Brasil, Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP/CEAPG), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusConSP) e Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo (Sindimasp). Organizações do norte do País também vão tomar parte na discussão, como a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Associação da Cadeia Produtiva Florestal da Amazônia (Unifloresta).

Potencialidades

Para o analista de conservação do WWF-Brasil, Ricardo Russo, o seminário tem como objetivo gerar reflexões sobre a madeira legal e certificada no Brasil e sobre as potencialidades de uso deste material.

“Utilizando a madeira responsável, nós ajudamos os ribeirinhos a gerar renda, contribuímos para manter ecossistemas vivos na maior floresta tropical do mundo e ajudamos na conservação de biodiversidade. É um material que pode e deve ser adotado pela indústria, pelo mercado, pelas entidades publicas e pessoas físicas que lidam com serviços”, explicou.

Responsáveis

Quem está à frente desta mobilização são os integrantes do projeto Governança Florestal e Comércio Sustentável da Madeira Amazônica – o WWF-Brasil e a Rede Amigos da Amazônia (RAA) do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP/CEAPG), apoiados pela Comunidade Europeia –, iniciativa que busca promover a cadeia produtiva da madeira legal e certificada em território brasileiro.
E as 27 instituições signatárias do Programa Madeira é Legal.

“Durante o evento, teremos mais uma oportunidade de debater como os diferentes setores envolvidos na cadeia produtiva da madeira tropical amazônica podem contribuir para a criação de uma economia florestal sustentável. Nosso objetivo é não apenas apresentar os trabalhos desenvolvidos pela RAA e WWF-Brasil nos últimos 6 anos, mas também conversarmos sobre os próximos passos para avançarmos na agenda da legalidade e sustentabilidade da madeira tropical.” – Professor Marcus Vinícius Gomes da FGV-EAESP

“Em 2013, entrou em vigor a primeira lei de combate ao comércio ilegal de madeira na Europa (Regulamento da União Europeia sobre a madeira (EUTR)). Neste contexto, este projeto teve grande importância na promoção, divulgação e discussão da questão da legalidade e sustentabilidade da exploração madeireira no Brasil com os diversos atores dos vários estados de atuação do projeto” – Embaixador João Cravinho, Chefe da Delegação da União Europeia.

Madeira é Legal

O Programa Madeira é Legal é um protocolo de cooperação, assinado por 27 organizações, que tem como objetivo incentivar e promover o uso da madeira de origem legal e certificada no Brasil.

Para isso, diversas ações vêm sendo realizadas: a publicação de livros e manuais; a realização de capacitações para associações de classe, como construtoras, incorporadoras, escritórios de arquiteturas e empresas de comercialização da madeira ; a promoção de workshops internacionais na Colômbia e Equador; a realização de estudos de viabilidade para aperfeiçoar a tributação da madeira no Estado de São Paulo; além da participação em feiras especializadas.

SERVIÇO

Data: 03 de dezembro de 2015
Local: Auditório do SindusCon-SP
Rua Dona Viridiana, 55 – São Paulo
Horário: 13h30 às 20h00

Evento gratuito. Inscrições pelo site www.madeiraelegal.com.br